terça-feira, janeiro 31, 2017
quarta-feira, janeiro 25, 2017
Guia Prático da Ciência Moderna
|
terça-feira, janeiro 24, 2017
domingo, janeiro 22, 2017
terça-feira, janeiro 17, 2017
Política (Definição)
Pai, preciso fazer um trabalho para a escola! Posso fazer-te uma pergunta?
Claro, meu filho, qual é a pergunta?
O que é a política, pai?
Bem, política envolve: povo, governo, poder económico, classe trabalhadora, futuro do país.
Não entendi nada. Dá para explicares melhor?
Bem, vou usar a nossa casa como exemplo:
Sou eu quem traz dinheiro para casa: então eu sou o poder económico.
A tua mãe administra, gasta o dinheiro: então ela é o governo.
Como nós cuidamos das tuas necessidades, tu és o povo.
O teu irmãozinho é o futuro do país.
A Zezinha, nossa criada, é a classe trabalhadora.
Entendeste, filho?
Mais ou menos, pai. Vou pensar.
Naquela noite, acordado pelo choro do irmãozinho, o menino, foi ver o que havia de errado. Descobriu que o irmãozinho tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e viu que a mãe estava num sono muito profundo. Foi ao quarto da criada e viu, através da fechadura, o pai na cama com ela. Como os dois nem ouviram o menino a bater à porta, ele voltou para o quarto e adormeceu.
Na manhã seguinte, à hora do café, o miúdo falou com o pai.
Pai, agora acho que entendi o que é a política.
Óptimo filho! Então explica-me com palavras tuas.
Bom, pai, acho que é assim: enquanto o poder económico fornica a classe trabalhadora, o governo dorme profundamente, o povo é totalmente ignorado e o futuro do país fica na merda!
|
JORNALISMO CÍNICO
A expressão "jornalismo cínico" é usada nos estudos americanos para classificar o cinismo com que os jornalistas tratam os actores políticos tratando-os como culpados até provarem ser inocentes. Uma notícia de hoje exemplifica bem o conceito:
Vejamos: a renovação do contrato de Lacerda Machado foi publicada em primeira mão pelo Público, que identifica Lacerda como "amigo confesso do primeiro-ministro António Costa" , o que é repetido por todos os jornais que "picam" a notícia. Na RTP teve destaque no Jornal da Tarde mas em vez de "amigo" Lacerda é citado como "advogado da confiança pessoal do primeiro-ministro".
Embora sem o "requinte" do texto do Expresso, a notícia contém em todos os meios o pormenor de o advogado ser "amigo" do primeiro-ministro, surgindo essa particularidade como o mote da notícia. Dir-se-ia que sem ela não haveria notícia porque renovação de contratos de assessores deve haver todos os dias.
Se as críticas à ausência de contrato no início da colaboração de Lacerda Machado com o governo se justificaram, hoje a menção de ser amigo do primeiro-ministro só pode ser lida como uma tentativa de diminuir Lacerda e criticar Costa. Um leitor que não tenha acompanhado a polémica da primeira nomeação, pensará que Lacerda Machado é um daqueles "boys" que os partidos e os governos têm a fama de contratarem, sem outras qualidades que o recomendem senão a amizade com o primeiro-ministro.
De facto, não se ouviu que Lacerda Machado seja incompetente, ou que tenha forjado habilitações ou tido qualquer falha nas tarefas de que foi incumbido nem ninguém questionou a sua competência técnica. Porque se continua então a mencioná-lo como "amigo" do primeiro-ministro? O que é que essa qualidade acrescenta à notícia?
Acresce que o facto de o primeiro-ministro e o próprio Lacerda Machado terem assumido a longa amizade que os une não justifica que os jornalistas usem essa ligação pessoal para semearam a dúvida sobre as razões da sua contratação. Não se espera que os jornalistas sejam simpáticos e carinhosos para com os actores políticos mas espera-se que, pelo menos, não sejam excessivamente cínicos.
estrelaserrano@gmail.com | Janeiro 16, 2017 às 22:41 | Etiquetas: António Costa | Categorias: Governo, Jornalismo, Política | URL: http://wp.me/plc5Q-4dD
|
Subscrever:
Mensagens (Atom)