sábado, setembro 26, 2009

Cuidado, eles andem por aí

Há ali uma "mãozinha a mais, não há? Ela tem 3 mãos?

quarta-feira, setembro 23, 2009

Dissertando sobre topónimos

Odemira, Odesseixe, Odiáxere, Odeleite, Odivelas e Odiana, porque não?
No séulo XIV, D. Fernando mandou fazer o senso de todas as vilas existente "antre Tejo e Odiana" (sic, vidè José Matoso).
Todos estes topónimos tem como característica comum estarem associados a rios e apresentarem na sua composição o elemento "ODE".
Tenho visto diversas versões para explicar o aparecimento deste elemento, sendo o mais frequente a sua relação com o "Wed", árabe, (leito do rio que, na época seca, serve de caminho).
Não esquecendo o valioso contributo dos árabes para a formação da nossa cultura durante a sua permanência e domínio sobre a Península Ibérica, (cerca de 700 anos, mais do que os colonos europeus permaneceram nas áfricas, índias e américas), certo é que também os povos autóctones deram muita coisa à cultura árabe, até e sobretudo palavras que ainda hoje são foneticamente comuns.
Uma dessas palavras é precisamente, em meu entender, o "WED", que terá sido um enriquecimento para o léxico árabe, levado precisamente da Península e mais concretamente do sul de Portugal, (terra de laranjas, para os árabes).
Os topónimos começados por ODE são anteriores à ocupação árabe e eles são de origem grega: são conhecidos dos arqueólogos os vestígios da presença grega e fenícia, nomeadamente nos sítios próximos da foz de rios e margens dos mesmos. A cultura grega dominou o Mediterrâneo e extravasou por todo o Império Romano nos séculos que se seguiram ao domínio Grego.
O elemento ODE deriva do grego "òdós-ou"(nominativo e genitivo), e significa "caminho".
Os rios foram os "caminhos" que permitiram o acesso ao "interland" habitado por povos que os navegadores gregos e fenícios pretendiam contactar para comerciar os seus produtos.
Em favor do meu argumento invoco este facto: no Andaluz, onde os árabes marcaram presença mais intensa e duradoura, os rios não são "ode", mas sim "gua", (veja-se guadalquivir, guadalete, guadarrama, guadix, guadalupe, etc, e até o nosso "Odiana" tomou o nome de Guadiana, isto é, este grande rio fazia fronteira física e cultural/linguística entre duas regiões distintas, a Tartéssia/Andaluz e Portugal). Sim Portugal, porque este já existia no tempo da ocupação árabe.
Quando for possível decifrar os documentos arqueológicos encontrados na regiões de Almodovar, Sines e Vila do Bispo, certamente far-se-á alguma luz sobre este assunto.
Por isso mesmo Afonso Henriques só é reconhecido como rei de Portugal, depois da célebre e tão maltratada batalha de Ourique. Por isso ele é antes de mais o Conquistador e só depois o Fundador da nacionalidade Portuguesa.
O Portus-Cale é uma balela dos frades do século XVI e XVII, para fazer esquecer a ascendência árabe cujos vestígios foram sumariamente apagados.
Voltando ainda ao "ODE", é muito curiosa a associação que não pode deixar de ser feita às composições poéticas, "Odes de Horácio", (canções às ribeiras/rios/caminhos?), que, por analogia, e contágio terão dado origem no renascimento às canções do Lima de Filinto Elísio e mais tarde inspirado o nosso Bernardim Ribeiro, que cantou o Mondego e o Sado.
Tudo isto tem uma expressão muito concreta no folclore português, nomeadamente alentejano com as canções chamadas ribeiras: "A ribeira quando enche, vai de pedrinha em pedrinha......, dedicada ao Odiana, (Guadiana), e Rio Mira vai cheio e a barca não anda, tenho o meu amor lá da outra banda... dedicada ao Rio Mira e sua barca".
Vale a pena lembrar ainda, por estarem na mesma linha de criação popular, as "Saias", canções típicas do alto alentejo.
Dentro desta linha de raciocínio, podemos concluir que Odemira=canção do Mira, Odesseixe=canção do Seixe, Odiáxere=canção do Áxere, etc...

Inglês não chenófobo, mas muito estúpido

EXCELENTE
Ler devagar (em Português ou em Inglês aportuguesado) para perceber...tá de morrer!!!

Um Inglês a viver em Portugal ia fazendo um esforço para dizer umas coisas em Português. Foi ao supermercado e fez a seguinte lista:
- Pay she
- MacCaron
- My on easy
- All face
- Car need boy (may you kill oh!)
- Spar get
- Her villas
- Key jo (parm soon)
- Cow view floor
- Pee men too
- Better hab
- Lee moon
- Bear in gel
Ao chegar a casa, bateu com a mão na testa e disse:
- Food ace! Is key see me do too much! Put a keep are you!

sábado, setembro 19, 2009

Isto sim é um anúncio

É uma promoção a máquinas de lavar da Siemens, feita por umdistribuidor dinamarquês.
Liguem o som e apreciem....(quem liga ao som ?)..

http://en.sevenload.com/pl/jepQssV/600x377/swf

quarta-feira, setembro 16, 2009

Aprendam com Vale e Azevedo


Vale e Azevedo: Vai a uma churrasqueira e pede ao empregado que embrulhe dois frangos. Enquanto o empregado embrulha os frangos, repara numas belas codornizes e pergunta ao empregado se pode trocar os 2 frangos por 4 codornizes, ao que o empregado responde: - Claro que sim.
Depois de embrulhadas as codornizes e entregues ao cliente, este vai-se embora, quando o empregado irrompe: - Desculpe, mas o Sr. esqueceu-se de pagar as codornizes.
- Mas eu troquei-as pelos frangos! Disse Vale e Azevedo, "indignado" com a petulância do empregado.
- Mas também não pagou os frangos!
- Correcto, mas também não os levo... (SÃO MUITOS ANOS .....)

segunda-feira, setembro 14, 2009

CARTAS AO DIRECTOR

20090913
Para uma resolução do flagelo dos incêndios
Os recentes incêndios no distrito da Guarda são a razão próxima desta carta. As razões remotas são os muitos incêndios que todos os anos lavram em Portugal, em especial nos distritos despovoados do interior. Pretendo, muito modestamente, apresentar uma proposta para resolver este flagelo.Para uma resolução do flagelo dos incêndios. É ainda mais modesta que a de Jonathan Swift para resolver o problema da fome na Irlanda do século XVIII.Área ardida num ano é garantia para não arder nos próximos. Se não contarmos com S. Pedro, é mesmo a única garantia. Os fogos limpam as terras que antes eram de centeio, castanheiros e carvalhos e que agora, ao abandono, estão infestadas de giestas e codessos. Se não ardem num ano, arderão no seguinte. E se não for o fogo a fazer essa limpeza, ninguém faz. Explico porquê.
A pouca gente que resta nas aldeias é idosa e a área que cultivam é menos de cinco por cento da área cultivada nos anos 50. A maior parte dos donos das terras abandonadas vivem no estrangeiro ou no litoral, o proveito que tiram delas é nada e não valem o dinheiro necessário para mandar limpá-las. E quanto ao Estado proceder à limpeza, todos sabemos que a crise e o défice são grandes e tem de ajudar os ricos do litoral com mais estádios de futebol, estradas e metros de superfície, que os pobres do interior já estão habituados às agruras da vida.
Já que não se pode evitar os incêndios, deixe-se arder. É esta a minha modesta proposta. Daqui decorrerão vantagens múltiplas.Tiram-se as ilusões aos que persistem em viver nas aldeias de seus pais e avós. As escolas primárias já fecharam, e as igrejas pouco uso têm, que os padres são poucos e a meia dúzia de fiéis mal valem uma missa dominical. Mais vale levar todos os habitantes das aldeias para as sedes do concelho, onde terão o centro de saúde por perto e poderão visitar os familiares que já se encontram nos lares. Com esta deslocação da população os empreiteiros locais poderão fazer habitações sociais em vez de rotundas atrás de rotundas.Poupa-se o dinheiro do combate aos incêndios. Apagar fogos de giestas e codessos, em serras de difícil acesso, com aviões e helicópteros, é tão oneroso como matar moscas com canhões. Depois, evitam-se as deslocações de dezenas ou centenas de viaturas de bombeiros pelo país. Poupam-se os milhares de litros de gasóleo e ganham-se as horas perdidas ao trabalho pelos bombeiros. As economias serão enormes.E mesmo os órgãos comunicação, em particular as televisões, terão vantagens com esta proposta. O que perderão em dramatismo das imagens de populares agarrados a uns baldes de água frente às chamas e de carros de bombeiros com as sirenes a brilhar no escuro da noite ganharão com a maior ocorrência de incêndios e com a planificação dos mesmos. Nas áreas onde não houvesse incêndios há muito tempo, provocar-se-iam sob a régie das televisões. Poderiam preparar de antemão o devido enquadramento das filmagens e ainda teriam oportunidade de enviar as suas estrelas mediáticas para fazer a cobertura em vez de deixar o serviço aos apagados repórteres locais. Assim, podiam agendar-se incêndios à medida da necessidade das programações televisivas.O próprio Governo teria vantagens. Não correria, por exemplo, o risco de a inauguração de uma nova linha de metro em Lisboa ser ofuscada nos noticiários das 20h pelas chamas de giestas e codessos numa qualquer aldeola do interior do país. E, sobretudo, teria a vantagem de negociar e jogar com os diferentes canais de televisão as datas e locais de incêndio.
Somos um país ocidental, devedores do pensamento metódico de Descartes. Já que não temos condições para evitar os incêndios, deixemos arder então o que tem de arder, mas com método, e retiremos daí as devidas vantagens.
António Fidalgo, professor na Universidade da Beira Interior
Nota do Bloger: Atenção este senhor é professor universitário, logo, alguém com autoridade para ensinar. O que diz, parecendo que está a fazer humor, são coisas importantes. Em meu entender o serviço de prevenção e ataque aos fogos terá de alterar os procedimentos dedicando-se sobretudo à execução de queimadas controladas em Maio/Junho. O fogo é purificação, no caso limpeza. O inimigo tem de ser combatido com armas iguais ou equivalentes: se o inimigo é o fogo, a arma tem de ser o fogo.
Lembra-me aquele filme da década de 70/80 do século XX, salvo êrro "4884, grau farenheit" em que os bombeiros, em vez de apagar incêndios, procuravam tudo o que fosse papel, nomeadamente livros para queimarem, obrigando os cidadãos a decorar obras inteiras para que se mantivessem na posteridade e não se perdessem. Mas aí as motivações eram outras...
Concordo com o António Fidalgo e diria mais: há uma necessidade premente de as universidades estudarem a sério a origem e a dinâmica do fogo, porque não somos uma civilização de pirómanos.