terça-feira, dezembro 27, 2011

O futuro tenta vencer os grandes interesses instalados

A reinvenção da RODA:

http://www.electricitybook.com/spherical-flying-machine/

sábado, setembro 24, 2011

De O Jumento, com a devida vénia



Jumento do dia



Cavaco Silva



Parece que Cavaco tem azar com as vacas e com os Açores, depois da última reflexão sobre a ordena das vacas fez agora rir o país à gargalhada com o seu ar embevecido a falar do sorriso das vacas olhando para o prado verdejante. Quanto à sua ida aos Açores a coisa não é melhor, da última vez que lá foi faleceu José Saramago e fez a figura que toda a gente sabe e desta vez pouco mais ficou do que o sorriso das vacas e mais a declaração do costume, que ninguém está imune aos sacrifícios.

Que ninguém está imune aos sacrifícios todos sabemos que é uma mentira já gasta, o que não se entende é que em tempos de crise o Presidente da República faça viagens para falar do sorriso das vacas e se faça acompanhar de uma autêntica corte, onde nem falta um mordomo. Além de não ser tempo para estas mordomias medievais próprias de um monarca dos tempos do ouro do Brasil, a figura triste que o Estado faz com um presidente a viajar com a sua corte para fazer reflexões sobre o estado psicológicos das vacas e um primeiro-ministro a viajar em classe económica para Nova Iorque.

Por favor, não gozem com este pobre país.

«Cavaco Silva está em visita oficial aos Açores desde terça-feira e, além da sua mulher, acompanham o Presidente da República mais 30 pessoas, ao longo de cinco dias.

Da lista oficial a que o PÚBLICO teve acesso, constam o chefe da casa civil do Presidente, Nunes Liberato, também acompanhado pela mulher, quatro assessores, dois consultores, um para os assuntos políticos e outro para a comunicação social, e cerca de uma dúzia de elementos do corpo de segurança, entre eles dois sargentos, um tenente-coronel, um subintendente e cinco agentes principais. Mas da comitiva do Presidente fazem parte também dois fotógrafos oficiais, um médico pessoal, uma enfermeira, dois bagageiros e até um mordomo.

Na chegada ao arquipélago açoriano, questionado sobre o buraco orçamental das contas madeirenses, Cavaco foi parco em palavras, mas reiterou o que já afirmou várias vezes: "Ninguém está imune aos sacrifícios." O Presidente e a sua comitiva têm agendado para amanhã o regresso a Lisboa.» [Público via CC]

sexta-feira, setembro 16, 2011

Humilhação

A humilhação




Ouvir uma ministra do governo francês dizer que vais mandar uns técnicos à Grécia para ajudar este país a ter uma administração fiscal (ou o que quer que seja) digna desse nome deveria encher de vergonha não só qualquer grego como qualquer europeu. Da mesma forma, ver alguns países europeus com museus cheios de peças pilhadas na Grécia exigir garantias financeiras a este país na hora em que atravessa uma grave crise deveria motivar-nos indignação.




Parece que alguns países do norte da Europa, entre os quais alguns novos-ricos como a Finlândia, exigem ao sul da Europa é a humilhação, os velhos bárbaros invadem-nos agora com um euro traiçoeiro que nos obriga a ajoelhar-nos perante as suas condições.



É cada vez mais evidente que a Europa está sem líderes à altura e muitos países são governados por uma nova geração de políticos sem qualquer visão histórica e que condicionam o processo de integração europeia a meras sondagens eleitorais. Com o argumento do respeito pela vontade dos seus eleitores ou do dinheiro dos seus contribuintes estão condicionando as soluções às motivações mais egoístas, aos sentimentos mais retrógrados das suas maiorias eleitorais ignorantes.



Sem uma liderança europeia à altura das circunstâncias, de que o Durão Barros é o exemplo mais patético, resta-nos o sentido da dignidade enquanto Nação, mas se isso implica fazer sacrifícios colectivos em nome do país implica um modelo de governação diferente, capaz de mobilizar a maioria dos portugueses e que tenha por base um contrato social que assegure não só uma repartição dos sacrifícios por todos os portugueses, como uma distribuição equitativa dos resultados.



Infelizmente não da disto está sucedendo, as elites empresariais estão aproveitando a crise para conseguir o modelo de relações laborais do tempo em que tinham uma polícia política para assegurar a submissão dos trabalhadores, alguns dos que mais lições de moral dão ao país empanturram os tribunais com recursos para adiarem o pagamento de impostos e como se isso não bastasse ainda instalam as suas holdings noutros países onde pagam menos impostos, a autonomia permitiu que uma região pratique um autêntico proxenetismo financeiro.



Por onde andam os bem pensantes que em tempos promoveram um manifesto defendendo um governo de unidade? Conquistada a maioria absoluta remeteram-se ao silêncio e agora concluíram que tal á não é necessário e que os problemas se resolvem com bordoada. Um deles até já defende uma constituição por referendo, se calhar até já tem uns livrecos preparados para serem publicitados nos altifalantes do Pingo Doce, como sucedeu durante as legislativas quando os velhinhos que iam às compras ouviam todos os dias um empregado do Soares dos Santos perguntar-lhes se sabiam se iriam ter pensão de reforma ao mesmo tempo que lhes sugeria a compra de um borda d’agua da sua fundação.



O país está transformado numa serva onde a regra é o salve-se quem puder, uns pagam mais impostos e recebem menos salários, outros aguardam ansiosos pela redução da TSU e já fazem contas a quanto vão ganhar com as águas privatizadas ao preço da uva mijona. A troco do enriquecimento fácil proporcionado pela crise financeira está a perder-se o sentido da vergonha, troca-se a soberania por uma redução da TSU ou por um lote de acções da GALP, troa-se o sentido de Nação por uma conta numa qualquer off-shore.



Deveríamos ter vergonha enquanto portugueses, somos cobardes como nunca fomos, somos subservientes como nunca sucedeu na nossa história, somos demasiado pequeninos para sermos dignos do povo que fomos.


terça-feira, julho 12, 2011

Diria Claro como água



Raciocínio simples


Se hoje um ataque às agências de rating é uma forma de defender o interesse nacional, os que no passado as defenderam e apaparicaram prejudicando o país traíram a sua pátria. Muitos dos que hoje se armam em grandes defensores do interesse nacional não passam de traidores oportunistas.

Comentário interessante a uma entrevista medíocre

Terça-feira, Julho 12, 2011



Pobre Europa




Assistir a uma entrevista dada por Durão Barroso a uma televisão é um exercício deprimente e ajuda a reconhecer as verdadeiras causas e a real dimensão da crise europeia. O líder da Comissão Europeia fala de economia com linguagem de cavador (como uma vez Sousa Franco disse de Jorge Coelho), tem um discurso sem dimensão intelectual e cheio de banalidades, revela-se um político pequeno e mesquinho ao falar de assuntos domésticos ignorando a sua posição e tratando o país como um galinheiro.




Quando um líder da Comissão ignora o desmoronamento da zona euro e concentra a sua atenção na austeridade num dos mais pequenos países da Europa percebemos que o mal não está nas agências de rating como os oportunistas tentam agora fazer crer. O problema está na vulnerabilidade de uma Europa sem líderes à altura que perante as consequências da sua inércia reagem à Cavaco Silva, depois de terem imposto programas de austeridade a três países descobrem que o mal é de as agências de rating serem americanas, disfarçam a incompetência com nacionalismos, um velho truque usado por políticos sem estatura.



É fácil dizer agora que a nacionalização do BPN foi um erro posição que até deverá estar certa, mas quando a fraude conduzida pelo núcleo do cavaquismo conduziu o banco à falência ninguém, além do PCP e do BE questionou tal decisão. Foi benéfica para os banqueiros que mais tarde se juntaram para recusar crédito ao Estado, foi uma bênção para os cavaquistas da SLN que assim transferiram para os contribuintes os prejuízos provocados pelas suas tropelias e foi do agrado de uma Europa que apelava ao investimento público para delimitar os prejuízos da crise do sub prime e até levantou o limite aos défices estabelecido na zona euro.



É a falta de visão de dirigentes europeus, mais preocupados com o seu cargo e em manter as mordomias que conquistaram, que está a conduzir a Europa à maior crise da história da União Europeia. Gente pequena que não hesitou em empobrecer os cidadãos de três ou quatro países que vergonhosamente chamam periféricos, que para não questionarem os grandes interesses europeus destruíram décadas de esforços para aumentar a coesão social.



Durão Barroso não foi grande coisa enquanto militante do MRPP, da sua passagem como secretário de Estado só ficou para a história uma manta da TAP, foi um primeiro-ministro incompetente e que acabou a esconder o défice com vendas de património e de dívidas fiscais à banca e como presidente da Comissão Europeia não passa de um dano colateral da invasão do Iraque, operação militar que apoiou com base em factos que sabia ou tinha fortes razões para pensar que eram mentira e graças à qual conseguiu apoios para ultrapassar António Vitorino e ficar com o cargo de presidente da Comissão Europeia.

sexta-feira, junho 03, 2011

O voto contra a ameaça













































03-06-2011 11:38 - O voto contra a ameaça



Está criada a percepção de que o próximo Governo vai ser o capataz da troika. Essa percepção é correcta. O programa de contrapartidas é tão exigente e até irrealista nos prazos que "governar" será eufemismo para "cumprir", e "implementar" será uma forma elegante de dizer "combater" - combater a resistência passiva e activa de todos aqueles que perdem direitos ou o conforto da previsibilidade. Mas esta percepção não pode gerar outra, a de que votar é irrelevante, inconsequente, inútil. Não é. E não apenas porque há que escolher aquele que, mandando, vai obedecer.

Estas eleições nunca deviam ter existido porque a instabilidade política foi o prego que rompeu a última bóia que nos sustinha. Essa sangria final aconteceu em Março, com o chumbo do PEC 4. Mas a ferida foi aberta antes: em 2009, com a constituição de um Governo minoritário. A responsabilidade maior por este fracasso que é ter a quinta eleição em dois anos não é dos que gritam todos os dias nas televisões: é de quem ficou calado; é do Presidente da República, que não tentou ou falhou que o Governo de 2009 fosse de coligação. Se o exige agora, é porque pode. Se o não exigiu então, foi porque não quis.

Cavaco Silva dará agora posse a um Governo com maioria absoluta, provavelmente de coligação. Fá-lo porque a troika manda. E porque os mercados exigem. Ainda ontem, as agências avisaram que cortam o "rating" a Portugal se não houver maioria absoluta no Parlamento. A três dias das eleições. Um aviso? Não: uma ameaça. Um condicionamento. A prova de que a democracia está vergada aos mercados financeiros. É-lhes temente. Está a desgraçar-se.

Por isso é preciso votar. A condição de eleitor é maior que a de credor. Para fazer parte da decisão colectiva. Para dar força ao próximo Parlamento. Para que os partidos estejam não só legitimados mas, sobretudo, comprometidos. Com o que têm de fazer. Com o que não podem repetir.

Portugal é um dos cacos de uma Europa partida. Nessa Europa, lideranças fracas passeiam a sua majestosa insegurança pelos corredores de instituições desavindas. Há dois cenários no euro para resolver a "questão". O primeiro é purificar o euro, o que levaria à exclusão da Grécia e de Portugal. É um cenário improvável - mas os políticos que o defendem estão a ganhar votos nos seus países. O segundo cenário é o de uma maior união política, que leva ao federalismo, em que os ricos são fortes e os pobres são fracos, num empobrecimento subsidiado.

Entre o cenário da desagregação e o da agregação, Portugal luta contra a sua própria segregação. Vamos eleger quem cremos que pode cumprir melhor o plano da troika, que é inevitável e necessário. Vai ter sucesso? Dificilmente. Mas é a estrada de sentido único. Se saltamos dela, outros a ocuparão. Quando, ontem, Trichet falou em Ministério das Finanças Europeu, pensa que falava de quê? De fazer dos nossos ministérios as suas direcções-gerais. Se isso vier a ser necessário (na Grécia já é a troika que despacha as privatizações), é porque desistiram de nós; é porque falhámos.

Não devíamos ter tido em 2009 um Governo que caísse em 2011. Mas estas estúpidas eleições são importantes. Em Portugal não se governará contra a troika, mas com ela. É a única forma de manter uma voz nesta algazarra em que se tornou a Europa.

É a democracia que está em causa, com pá ou sem pá. Votemos neles, votamos por nós.

psg@negocios.pt

Jornal de Negócios - Pedro Santos Guerreiro

domingo, maio 22, 2011

ENORG - 2011

O ENORG* - 2011 ocorreu em 21 de Maio na região de Palmela





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*Encontro Nacional dos Oficiais Reformados da Guarda

sábado, fevereiro 19, 2011

Cantares Alentejanos

Apreciem a beleza do Cante Alentejano, sobretudo o nº 44 - " Lá vai uma embarcação"

http://cantaresalentejanos.com.sapo.pt/index.html

terça-feira, fevereiro 08, 2011

domingo, janeiro 16, 2011