O número treze é considerado número de azar para as culturas ocidentais. Nós não acreditamos em bruxas, mas "nuetros hermanos dicem que las ai!"
Porém vamos confiantes fazer votos por que o Novo Ano de 2013 seja bom, com saúde, amizade e Paz entre todos os seres humanos: é o que desejo a todos os meus amigos.
sexta-feira, dezembro 28, 2012
terça-feira, novembro 20, 2012
Os irmãos metralhas
Cavaco, com Passos Coelho à sua esquerda, Relvas, Couto dos Santos à direita de Cavaco e a seguir Marcelo
quarta-feira, novembro 07, 2012
Dedução
Dedução
E Deus fez a mulher...
Houve harmonia no paraíso.
O diabo vendo isso resolveu complicar...
Deus deu à mulher cabelos sedosos e esvoaçantes.
O diabo deu pontas duplas e ressequidas.
Deus deu à mulher seios firmes e bonitos.
O diabo fê-los crescer e cair.
Deus deu à mulher um corpo esbelto e provocante.
O diabo inventou a celulite e as estrias.
Deus deu à mulher músculos perfeitos.
E o diabo cobriu-os com lipogliceridos.
Deus deu à mulher uma voz suave, doce e melodiosa.
O diabo fê-la falar demais.
Deus deu à mulher um andar elegante.
O diabo investiu no sapato de salto alto.
Então Deus deu à mulher infinita beleza interior.
E o diabo fez o homem perceber só o lado de fora.
Deus fez a mulher ficar maravilhosa aos 30, vibrante e gostosa aos 45.
O diabo deu de presente a menopausa aos 50...
Só pode haver uma explicação para tudo isso:
O cabrão do diabo só pode ser GAY !!!
segunda-feira, novembro 05, 2012
O anti-poeta ou poeta menor
E sabermos que este pobre escrevinhador recebeu um dos maiores prémios portugueses por uma tradução, dá pena!
"Isto é mesmo uma choldra!", diria Dom Carlos I, rei de Portugal.
"Isto é mesmo uma choldra!", diria Dom Carlos I, rei de Portugal.
quarta-feira, outubro 24, 2012
Não mudou mesmo nada!
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias,
sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai;
um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que
um lampejo misterioso da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha,
sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima,
descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação,
da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos,
iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero,
e não se malgando e fundindo, apesar disso,
pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
Guerra Junqueiro, 1896.
sexta-feira, setembro 14, 2012
Um texto engraçado, real e adaptado ao tempo que vivemos
Quarta-feira, 1 2 .09.1 2
"Vão-se foder"
Perdoem-me a chantagem emocional senhores ministros, assessores, secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a andar de opel corsa, porque eu que trabalho há 11 anos e acho que crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia.
E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira.
Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento profundo do país que governam.
Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança social, não é?
No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um subsído”. Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a puta de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário dos administradores da CGD?
Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia!
Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes, sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A sério? Vão-se foder.
As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não despedir mais umou dois.
As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas pôr lá um
proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos accionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa da Misericórdia e vão já já a correr criar postos de trabalho só porque o Estado considera a actual taxa de desemprego um flagelo? Que o é.
A sério… Em que país vivem? Vão-se foder.
Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos:
1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até o guardo eu no meu PPR.
2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe.
Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste. Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.
Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor no
coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem… Contas feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um infantário.
Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem tem que cá ficar.
Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: Vão-se foder"
tags: crise, economia, política
Domingos Amaral às 19:06
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"Vão-se foder"
Descobri este texto de uma portuguesa de 32 anos, uma cidadã que diz o que sente e pensa a partir da sexta-feira passada. É um texto impressionante, que vivamente recomendo. Leiam, por favor, até ao fim.
"Vão-se foder.
Na adolescência usamos vernáculo porque é “fixe”. Depois deixamo-nos disso. Aos 32 sinto-me novamente no direito de usar vernáculo, quando realmente me apetece e neste momento apetece-me dizer: Vão-se foder!
Trabalho há 11 anos. Sempre por conta de outrém. Comecei numa micro empresa portuguesa e mudei-me para um gigante multinacional.
Acreditei, desde sempre, que fruto do meu trabalho, esforço, dedicação e também, quando necessário, resistência à frustração alcançaria os meus objectivos. E, pasmese, foi verdade. Aos 32 anos trabalho na minha área de formação, feliz com o que faço e com um ordenado superior à média do que será o das pessoas da minha idade.
Por isso explico já, o que vou escrever tem pouco (mas tem alguma coisa) a ver comigo. Vivo bem, não sou rica. Os meus subsídios de férias e Natal servem exactamente para isso: para ir de férias e para comprar prendas de Natal. Janto fora, passo fins-de-semana com amigos, dou-me a pequenos luxos aqui e ali. Mas faço as minhas contas, controlo o meu orçamento, não faço tudo o que quero e sempre fui educada a poupar.
Vivo, com a satisfação de poder aproveitar o lado bom da vida fruto do meu trabalho e de um ordenado que batalhei para ter.
Sou uma pessoa de muitas convicções, às vezes até caio nalgumas antagónicas que nem eu sei resolver muito bem. Convivo com simpatia por IDEIAS que vão da esquerda à direita. Posso “bater palmas” ao do CDS, como posso estar no dia seguinte a fazer uma vénia a comunistas num tema diferente, mas como sou pouco dado a extremismos sempre fui votando ao centro. Mas de IDEIAS senhores, estamos todos fartos. O que nós queríamos mesmo era ACÇÕES, e sobre as acções que tenho visto só tenho uma coisa a dizer: vão-se foder. Todos. De uma ponta à outra. Desde que este pequeno, mas maravilhoso país se descobriu de corda na garganta com dívidas para a vida nunca me insurgi. Ouvi, informei-me aqui e ali. Percebi.
Nunca fui a uma manifestação. Levaram-me metade do subsídio de Natal e eu não me queixei. Perante amigos e família mais indignados fiz o papel de corno
conformado: “tem que ser”, “todos temos que ajudar”, “vamos levar este país para a frente”. Cheguei a considerar que certas greves eram uma verdadeira afronta a um país que precisava era de suor e esforço. Sim, eu era assim antes de 6ª feira. Agora, hoje, só tenho uma coisa para vos dizer: Vão-se foder.
Matam-nos a esperança.
Onde é que estão os cortes na despesa? Porque é que o 1º Ministro nunca perdeu 30 minutos da sua vida, antes de um jogo de futebol, para nos vir explicar como é que anda a cortar nas gorduras do estado? O que é que vai fazer sobre funcionários de certas empresas que recebem subsídios diários por aparecerem no trabalho (vulgo subsídios de assiduidade)?… É permitido rir neste parte. Em quanto é que andou a cortar nos subsídios para fundações de carácter mais do que duvidoso, especialmentecom a crise que atravessa o país? Quando é que páram de mamar grandes empresas à conta de PPP’s que até ao mais distraído do cidadão não passam despercebidas?
Quando é que acaba com regalias insultosas para uma cambada de deputados, eleitos pelo povo crédulo, que vão sentar os seus reais rabos (quando lá aparecem) para vomitar demagogias em que já ninguém acredita?Perdoem-me a chantagem emocional senhores ministros, assessores, secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a andar de opel corsa, porque eu que trabalho há 11 anos e acho que crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia.
E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira.
Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento profundo do país que governam.
Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança social, não é?
No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um subsído”. Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a puta de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário dos administradores da CGD?
Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia!
Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes, sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A sério? Vão-se foder.
As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não despedir mais umou dois.
As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas pôr lá um
proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos accionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa da Misericórdia e vão já já a correr criar postos de trabalho só porque o Estado considera a actual taxa de desemprego um flagelo? Que o é.
A sério… Em que país vivem? Vão-se foder.
Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos:
1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até o guardo eu no meu PPR.
2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe.
Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste. Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.
Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor no
coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem… Contas feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um infantário.
Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem tem que cá ficar.
Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: Vão-se foder"
tags: crise, economia, política
Domingos Amaral às 19:06
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sexta-feira, agosto 24, 2012
terça-feira, maio 22, 2012
O "GEURO" e, já agora, o "PEURO"
O Deutshe Bank propõe que a Grécia adote o "GEURO" enquanto a crise não se define, de modo a poder mais tarde voltar ao EURO.
Dentro do mesmo raciocínio Portugal poderá adotar o "PEURO", para poder fazer a sua engenharia financeira e depois voltar ao EURO, já fortalecido e com pernas para andar.
Enfim, estes economistas são uns engenhocas e brincam com o pagode. E tudo isto porque a UE é um gigante com pés de barro, criado de cima para baixo: Quem perguntou às populações se queriam aderir à CEE, como seria lógico que tivesse acontecido? E depois ao EURO, novamente a construção de cima para baixo. Não houve esclarecimento nem debate sobre o assunto.
Espíritos iluminados decidiram e aí vai o rebanho. Agora tem o resultado!
Dentro do mesmo raciocínio Portugal poderá adotar o "PEURO", para poder fazer a sua engenharia financeira e depois voltar ao EURO, já fortalecido e com pernas para andar.
Enfim, estes economistas são uns engenhocas e brincam com o pagode. E tudo isto porque a UE é um gigante com pés de barro, criado de cima para baixo: Quem perguntou às populações se queriam aderir à CEE, como seria lógico que tivesse acontecido? E depois ao EURO, novamente a construção de cima para baixo. Não houve esclarecimento nem debate sobre o assunto.
Espíritos iluminados decidiram e aí vai o rebanho. Agora tem o resultado!
sexta-feira, maio 18, 2012
EÇA e a CRISE
1872 2011
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
1/5
Eça de Queirós sempre actual “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição” “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.” Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
2/5
Política de acaso, política de compadrio, política de expediente
3/5
Portugal e a crise “Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
4/5
“ … somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados … “ “Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.” In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
José Maria de Eça de Queirós
Povoa de Varzim - 25 de Novembro de 1845
Paris - 16 de Agosto de 1900
Setembro – 2011 5/5
1872 Portugal e a Grécia 2011
!!! … 139 anos depois … !!!
Eça de Queirós escreveu em 1872
"Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal"
(in As Farpas)
1872 … !!! Verdadeiramente impressionante !!! …2011
1/5
Eça de Queirós sempre actual “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição” “Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações. A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse. A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva. À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.” Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)
2/5
Política de acaso, política de compadrio, política de expediente
3/5
Portugal e a crise “Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura.” Eça de Queirós, in “Correspondência” (1891)
4/5
“ … somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados … “ “Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.” In “Citações e Pensamentos” de Eça de Queirós».
José Maria de Eça de Queirós
Povoa de Varzim - 25 de Novembro de 1845
Paris - 16 de Agosto de 1900
Setembro – 2011 5/5
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
Antúrios
Planta perene, semi-herbácea, com 0,30 a 1,0m de altura, originária da América do Sul.
Suas folhagens são muito ornamentais, com folhas grandes e verdes. As inflorescências são espigas, protegidas por folhas modificadas (espata) de cores diversas (vermelha, rosa ou branca)
A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça de um alfinete. A parte colorida e exótica, que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice – espiga onde brotam as minúsculas flores – e espata do antúrio – a bráctea colorida, ou a folha modificada. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga.
Esta peculiaridade é um artifício da natureza: quando as flores são pouco significativas, a natureza produz folhas modificadas ou brácteas coloridas para atrair insetos e outros agentes polinizadores. Isso também ocorre com as flores do bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) e da primavera (Bougainvillea spectabilis), por exemplo.
A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça de um alfinete. A parte colorida e exótica, que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice – espiga onde brotam as minúsculas flores – e espata do antúrio – a bráctea colorida, ou a folha modificada. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga.
Esta peculiaridade é um artifício da natureza: quando as flores são pouco significativas, a natureza produz folhas modificadas ou brácteas coloridas para atrair insetos e outros agentes polinizadores. Isso também ocorre com as flores do bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) e da primavera (Bougainvillea spectabilis), por exemplo.
Mas o antúrio não impressiona apenas pela beleza da inflorescência. Suas folhas em formato de coração (codiformes), que variam de tamanho dependendo da espécie, são extremamente exóticas. Em algumas espécies, podem ser até mais atraentes que as inflorescências, bons exemplos disso são o Anthurium crystallium e o Anthurium magnificum que apresentam as nervuras em tons contrastantes, resultando em verdadeiros desenhos nas folhas.
Pertencente à família das Aráceas – que reúne cerca de 600 espécies, todas originárias da América Tropical – o antúrio é uma das espécies mais famosas da família. Suas espatas podem apresentar cores que vão do mais puro branco até o vermelho intenso, incluindo vários tons de rosa, salmão, verde e até marrom.
Algumas espécies são bem populares no Brasil, como o Anthurium andreanum – chamado de “paleta-de-pintor” e o Anthurium scherzeranum, conhecido como “flor-de-flamingo”, por apresentar a espádice recurvada, lembrando a forma do flamingo.
Cultivo: -Quem deseja cultivar antúrios, pode ficar tranqüilo: é uma planta de fácil cultivo, que não dá trabalho e nem requer muitos cuidados. O primeiro passo é escolher um local sombreado para a planta, pois o excesso de sol é prejudicial ao antúrio. Procure deixar a planta à meia-sombra, isto é em locais com boa luminosidade, mas sem que receba os raios solares diretamente.
O antúrio é uma planta tropical muito tradicional do paisagismo brasileiro. Seu significado está relacionado ao luxo, à autoridade e à exuberância. Imponente, essa bela flor é capaz de se adaptar aos mais diferentes ambientes e, quando bem-cuidada, pode florir no ano todo.
Além de fazer sucesso em arranjos de mesa e decorações de eventos, o antúrio pode ser plantado no solo, em canteiros ou vasos, e são ótimas pedidas para incrementar a sala, o terraço ou o jardim. Os cuidados com a planta são simples, mas o resultado é de encher os olhos.
A flor do antúrio não é exatamente o que costumamos considerar. Na verdade, a flor desta planta é bem pequena, são apenas aquelas bolinhas ou pontos amarelados que nascem na espádice, aquela espiga central. A parte colorida, que costumamos chamar de flor, é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice, ou espiga, e a espata, folhas modificadas pela própria natureza para atrair insetos e outros agentes polinizadores.
As cores dessas inflorescências vão do branco ao vermelho, incluindo o rosa, o salmão, o verde e o marrom. As folhas do antúrio também chamam muita atenção. As folhas costumam ser grandes e largas, e o formato lembra um coração. Além da enorme diversidade de cores, é possível encontrar inúmeros tipos de antúrio. Uma das principais diferenças é o tamanho. No mercado, tanto podemos encontrar esse tipo de planta com 20 cm de altura, quanto outras que atingem 1,5 m.
Beleza e durabilidade: -A exuberância do antúrio costuma ser bastante explorada nos arranjos florais e nas decorações de eventos. Mas este não é o único motivo. A flor tem grande durabilidade. Quando bem-cuidado, um arranjo de antúrio verde, por exemplo, pode continuar praticamente intacto após 20 dias.
As cores dessas inflorescências vão do branco ao vermelho, incluindo o rosa, o salmão, o verde e o marrom. As folhas do antúrio também chamam muita atenção. As folhas costumam ser grandes e largas, e o formato lembra um coração. Além da enorme diversidade de cores, é possível encontrar inúmeros tipos de antúrio. Uma das principais diferenças é o tamanho. No mercado, tanto podemos encontrar esse tipo de planta com 20 cm de altura, quanto outras que atingem 1,5 m.
Beleza e durabilidade: -A exuberância do antúrio costuma ser bastante explorada nos arranjos florais e nas decorações de eventos. Mas este não é o único motivo. A flor tem grande durabilidade. Quando bem-cuidado, um arranjo de antúrio verde, por exemplo, pode continuar praticamente intacto após 20 dias.
A beleza dessa flor é bastante utilizada nos enfeites exóticos e nas por se tratar de uma planta de meia-luz, o antúrio precisa ser plantado, preferencialmente, em um local de boa luminosidade, mas sem luz direta do sol. Caso o plantio seja em vaso, vale deixar perto da janela. Pouca luz do sol pela manhã, ou no fim da tarde, é desejável.
Solo: quando plantar ou replantar, a mistura ideal é a seguinte: uma parte de terra comum de jardim, outra parte de terra vegetal, e duas partes de composto orgânico. O ideal é transplantar a planta anualmente, para retirar o excesso de minerais que não foram absorvidos. Priorize os vasos de barro.
Água: - o antúrio gosta de umidade.Regue com abundância uma vez por semana. No caso dos vasos, evite deixar água no prato. Isso faz com que as raízes fiquem encharcadas e apodreçam. Quando possível, coloque o vaso na chuva. Nos dias mais quentes, borrife água nas folhas com o auxílio de um pulverizador para manter o brilho.
Toda a planta é tóxica e seu princípio ativo é o Oxalato de cálcio.
Sintomalogia: -A mastigação da sua folha provoca irritação e edema nas mucosas da boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves, pode causar náuseas e vômitos, sensação de queimação, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Tratamento: O tratamento inicial dos sintomas é feito com a ingestão de leite e água e medicação sintomática.
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