sexta-feira, outubro 31, 2014

Ainda o CITIUS

O Citius e a teoria da conspiração

by estrelaserrano@gmail.com

Não há memória de um ministro vir para a praça pública acusar funcionários dos seus serviços (sejam do quadro ou em comissão de serviço) de terem praticado crimes antes de os acusados serem condenados pela Justiça.
Queixas contra responsáveis ou funcionários de serviços públicos e inquéritos internos sempre houve e haverá, alguns chegam aos jornais outros não. Mas assim, ser o próprio membro do governo que tutela os suspeitos a "entregá-los" ao julgamento do povo, é coisa rara ou nunca vista.
Pois foi isso que aconteceu com a ministra da Justiça, que anda a apregoar aos quatro ventos que há dois funcionários da Polícia Judiciária em comissão de serviço nos serviços informáticos  do Ministério da Justiça (esclarecendo que "não são agentes", não vão estes vingar-se e pô-la sob escuta) que omitiram aos superiores hierárquicos informação relevante sobre o Citius.
Não sei se os dois "não-agentes" da PJ sabotaram ou não o Citius. Mas a coisa tem todo o ar de teoria da conspiração. Não deixa de ser estranho que dois informáticos da PJ tenham conseguido guardar de quem os chefiava e de toda a gente no ministério os segredos do Citius,  só para chatear a ministra e pôr a Justiça de pantanas. Mas seja ou não  como diz a ministra, é um excelente alibi para proteger a sua incompetência.  Está a ver-se: "pois  que culpa tem ela que dois "estranhos" tenham tramado o Citius?"
Quando iniciou funções, a ministra dizia, toda  ufana:  "acabou-se a impunidade". Mas depressa meteu a frase na gaveta e com o caso Tecnoforma, fechou-a a sete chaves.
Uma ministra assim, é penitência para qualquer funcionário, seja do quadro ou esteja em comissão de serviço. Livra!
estrelaserrano@gmail.com | Outubro 29, 2014 às 23:35 | Etiquetas: Teorias da conspiração| Categorias: Justiça, Política | URL: http://wp.me/plc5Q-3ml

quinta-feira, outubro 30, 2014

ENCONTRO DOS AMIGOS "DA PONTA DA UNHA" - Out2014

Decorreu ontem, última quarta feira de Outubro o habitual encontro dos "Amigos da Ponta da Unha" no local do costume: Cervejaria BALEAL, à Rua da Madalena.
Compareceram, por ordem de chegada: Jacinto Xarrama, Júlio Fernandes, Noca, Matita, Contreiras e Zé Miguel. Poucos, mas bons!
Talvez devido a este verão que não existiu e agora se prolonga, com temperaturas altas e bem convidativas a atividade ao ar livre, as margens do Tejo junto à Ribeira das Naus estavam pejadas de turistas e veraneantes estendidos ao sol, sobretudo estendidas e despejadas na relva ali existente. Digo bem despejadas, mas poderia dizer despojadas, porque elas se apresentavam de Bikini para melhor usufruirem do sol que lhes afagava e acariciava os corpos lisos.
A Baixa de Lisboa, sobretudo em dias de visita de cruzeiros, e havia dois grandes paquetes atracados frente a Alfama, fica completamente dominada por turistas: A rua Augusta é um espetáculo: alem das esplanadas cheias, são as filas de visitantes ao Arco dedicado às VIRTUDES DOS MAIORES  e às portas dos principais estabelecimentos comerciais, com destaque para a Casa Brasileira. São diversos os artistas de rua, começando pelo Homem Estátua, passando por Mozart e terminando num "Cavaleiro Negro" ladeando o seu rocinante de duas patas, as dele, claro, e abordando os turistas mais curiosos por apreciar aquela geringonça.
Mas voltemos ao encontro que decorreu com as características habituais: bom convívio e animada cavaqueira. Enquanto o Júlio Fernandes se deleitava a debitar uma falaciosa teoria sobre a origem dos Alentejanos, que, segundo ele, provem de cadastrados para ali enviados pelos reis e, mais tarde por negros escravos vindos das colónias, o Jacinto Xarrama dedicava-se à sua arte preferida: desenho à vista e caricatura. Porque estava na minha frente e viu-me entrar de chapéu, caricaturou-me nessa pose, como fica esplicito abaixo.
O chapéu parece pequeno para a cabeça, mas foi assim que ele viu.
E pronto, foi mais uma tarde bem passada entre amigos que se revêem de quando em vez.
Até daqui a um mês companheiros!

quinta-feira, outubro 09, 2014

ARTE MILENAR

ARTE MILENAR

“Porque não me olhas, Pedro?”

foto de Luís Forra, Lusa
foto de Luís Forra, Lusa
Foi  hoje, domingo, no Fórum Empresarial do Algarve. Pedro dobra o braço interpondo-o entre o seu corpo e o de José Maria que ameaça aproximar-se num abraço comprometedor. Pedro, de cabeça baixa, não ousa olhar de frente José Maria. De  sorriso tímido, balbucia qualquer coisa…
José Maria segura Pedro pelo cotovelo, puxando-o para si. De cabeça levantada (ao contrário de Pedro) e olhos semi-cerrados, olha Pedro de cima  (parece até mais alto que Pedro mas não é). Parece dizer-lhe: “não fujas, que não te faço mal….”
Porque é que Pedro não olha José Maria? E porque se defende do abraço que pressentimos partir de José Maria? Pedro não sabia que iria encontrar José Maria? Pedro não sabia que iria ter José Maria na sua mesa ao almoço? Pedro tem conselheiros e assessores? Pedro não conhece a lista de convidados dos eventos onde participa? Saberão os seus assessores e conselheiros o que significa “contaminação metonímica”?
E José Maria? Parece seguro e confiante. Porque estaria tão afectuoso com o tímido Pedro? Estaria grato a Pedro pela presença, ao seu lado, naquele lugar?
Uma imagem vale mais que mil palavras…